domingo, 13 de setembro de 2009

Tiro no pé...

Pois é... Mais uma vez a Globo, em mais uma de suas tentativas de demonizar Dilma Rousseff, se deu mal. No programa "Entre Aspas", apresentado por Mônica Waldvogel, no canal Globonews, percebe-se claramente que a escolha dos convidados corresponde a uma tentativa de demonstrar que houve influência política na Receita Federal, resultando na queda de Lina Vieira. A questão colocada é se "O Leão é controlado por interesses políticos?". A resposta esperada é, claramente, que sim, e a grande criminosa seria Dilma. Mas não foi esse o consenso na opinião dos convidados, que foram Paulo Antenor, Presidente do Sindireceita (com o objetivo evidente de transformar os ex-funcionários exonerados em vítimas), o advogado tributarista Paulo Sigaud, e o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, braço direito do presidente FHC durante seus 8 anos de governo, e obviamente seria posição certa contra o governo.

O objetivo, mais uma vez, seria incriminar Dilma, como se as ações da Receita partissem de cima para baixo, tirando a autonomia do órgão, e gerando uma crise monstruosa. Mas, na verdade, a Globo novamente deu um tiro no pé. O presidente do Sindireceita afirmou categoricamente, assim como os outros dois, que não houve politização na Receita, não há crise no órgão, e que todas as ações tomadas pelo governo são procedimentos normais. Tudo o que aconteceu não foge em nada ao protocolo do que sempre aconteceu na Receita, desde a gestão de Everardo Maciel, e que a saída de Lina se deu por incompetência dela mesma, que não atribuiu a técnicos o exercício das funções de chefia e especializadas da Receita. A mudança não é partidarismo, mas um procedimento para recuperar a imagem da Receita perante a opinião pública. Lina Vieira , por incompetência, exerceu uma má função, denegriu toda uma competente gestão que vinha funcionando muito bem desde a época de Everardo, e sua demissão é simplesmente uma forma de recuperar a funcionalidade da Receita.

Até mesmo Everardo Maciel, oposição clara ao atual regime, admitiu que tudo não passa de um factóide da imprensa para se criar um escândalo em torno de Dilma. Para ele, é um pesar que a Receita viva uma crise, resultado de uma mudança de atitude administrativa. A gestão proposta por Lina foi diferente da dele e de seus sucessor, e essa mudança é natural e tomada por quem pode propô-la. Mas, independente disso, não há ingerência política. A politização se deu por conta exclusivamente de Lina Vieira, que optou por critérios sindicais, e foi um desastre. O aumento da arrecadação, por sua vez, durante a gestão de Lina, na visão de Everardo, é outro factóide criado exclusivamente para encobrir a realidade, de que essa foi uma gestão desastrosa.

A questão da CPI da Petrobrás sobre a famosa "manobra contábil", para o ex-secretário, novamente é outro factóide. Todos os procedimentos tomados foram corretos, e estavam previstos por lei, a qual foi elaborada durante a sua gestão. Houve, portanto, uma manipulação da opinião pública com relação a isso.

Mais uma vez, Mônica colocou a questão de uma possível pressão da família Sarney sobre a Receita. Paulo Antenor responde que não, e que é praticamente impossível haver pressão sobre o órgão, pois os funcionários são independentes, têm autonomia para atuar, devendo responder claramente às exigências internas.

Sobre isso, Everardo também diz que, se houve alguma influência relevante, séria, por parte do Ministério, o caso é grave, e o momento certo para ser denunciado não é hoje, mas à época em que aconteceu. Se isso não foi feito à época certa, o denunciante, no caso Lina Vieira, cometeu prevaricação. Por que algo que foi grave, que foi criminoso, que incomodou e representou tráfico de influência não foi denunciado em seu momento? Só pode haver interesse pessoal nisso, fruto da conveniência e da oportunidade.

Conclusão do programa: A gestão de Lina Vieira foi um desastre para a instituição, e para o próprio governo; A Receita Federal é uma instituição idônea - que responde aos interesses do Estado, e não de partidos políticos, ou governos - moderna, e eficiente, principalmente graças à modernização proposta por Everardo Maciel; que tudo isso que ganhou proporções gigantescas na mídia, com o objetivo óbvio de atingir Dilma, deve ser minimizado. Ou seja, a novela de Lina Vieira não passou de um "factóide".


Vejam o Vídeo na íntegra, do Blog de Luíz Nassif

Inté!

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