terça-feira, 29 de junho de 2010

Movimento NOSSA CAMPINAS: Movimento NOSSA CAMPINAS

Movimento NOSSA CAMPINAS: Movimento NOSSA CAMPINAS: "Sejam benvindos ao Movimento NOSSA CAMPINAS. Esse é o espaço da ação e mobilização. Esperamos que esse seja mais um importante meio que faci..."

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Problema: Pessoas Se Esquecem Rápido Em Quem Votaram Nas Eleições - Cidade Democrática

Os dados e pesquisas aparecem todos os anos e sempre nos mostram o mesmo resultado:

A maioria das pessoas não se lembra nos candidatos e que votou!

Desse jeito, fica muito difícil cobrar, participar e contribuir para uma mudança real dos problemas de nossas cidades e do nosso Brasil.
Não dá mais para ficar votando por votar, simplesmente numa dica de algum parente ou olhando para os santinhos no chão e copiando um número na última hora.
O voto tem que ser consciente, bem pensado, planejado e.....

ANOTADO!


Problema: Pessoas Se Esquecem Rápido Em Quem Votaram Nas Eleições - Cidade Democrática

terça-feira, 27 de abril de 2010

Proposta: Projeto Cidadania Ativa - Cidade Democrática

Proposta: Projeto Cidadania Ativa - Cidade Democrática

Proposta: Criação de Plano Cicloviário Para Campinas - Cidade Democrática

Pessoal, vejam como hoje é fácil exercer cidadania sem burocracia. Basta querer. Participem e ajudem a divulgar o site Cidade Democrática! Basta ter uma ideia, redigir uma proposta, e se organizar para as coisas acontecerem! Vale a pena conhecer esse espaço. Quem quiser saber melhor como funciona isso, entre em contato comigo, e podemos conversar.

Um abração a todos
Marcus

Proposta: Criação de Plano Cicloviário Para Campinas - Cidade Democrática

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Juízes para a Democracia

Pessoal, participem. Digam não à anistia aos torturadores do regime militar. Não podemos deixar impunes esses criminosos que usaram a máquina do Estado para coagir, torturar e matar. Assinem!

http://www.ajd.org.br/anistia_port.php

Marcus

sexta-feira, 2 de abril de 2010

ANTOLOGIA POÉTICA - VINÍCIUS DE MORAES

Pessoal, aqui forneço os links de acesso à antologia poética de Vinícius de Moraes.

Antologia 1
Antologia 2
Antologia 3

Beijos a todos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Matéria da prova - Leo

Olá pessoas

Algum anônimo publicou no blog que eu não tinha postado a matéria. Não postei mesmo. Está postado no site da escola!!!!! Entra lá, com seu login, e vc consegue! :)

De qualquer forma, quebrando galhos mais uma vez...

8º Ano

Cap. 2 - Pronomes Pessoais

Cap. 8 - O verbo e seus complementos

9º Ano

Cap. 2 - Vocativo

Cap. 5 - Frase, oração, período.

Agora, estudem!!!!

Bjocas
Marcus

quarta-feira, 24 de março de 2010

Colégio Tema - Projeto de Leitura: Livros 2º Ano

Pessoal, aqui deixo disponível a vocês a lista de livros que vocês podem escolher. Por favor, pesquisem, procurem na internet, vão a bibliotecas, conversem com seus colegas, e façam uma escolha legal.

Abraços a todos!!!

PRIMEIRO BIMESTRE: Clássicos do Romantismo

FRANKENSTEIN
Mary Shelley

DRÁCULA
Bram Stocker

A VOLTA DO PARAFUSO
Henry James

AMOR DE PERDIÇÃO
Camilo Castelo Branco

OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER
Goethe

SEGUNDO BIMESTRE – MAIO NARRATIVAS POLICIAIS

O CÃO DOS BASKERVILLE: SHERLOCK HOLMES
Arthur Conan Doyle

MELHORES HISTÓRIAS DE SHERLOCK HOLMES

HISTÓRIAS DE DETETIVES
série Para gostar de ler

ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE
Agatha Christie

O XANGÔ DE BAKER STREET
Jô Soares

O NOME DA ROSA
Umberto Eco

SEGUNDO BIMESTRE – JUNHO
ROMANTISMO BRASILEIRO

IRACEMA
José de Alencar

SENHORA
José de Alencar

NOITE NA TAVERNA
Álvares de Azevedo

O NAVIO NEGREIRO
Castro Alves

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS
Manoel Antônio de Almeida

Colégio Tema - Projeto de Leitura: Livros 1º Ano

Pessoal, aqui deixo disponível a vocês a lista de livros que vocês podem escolher. Por favor, pesquisem, procurem na internet, vão a bibliotecas, conversem com seus colegas, e façam uma escolha legal.

Abraços a todos!!!

PRIMEIRO BIMESTRE: LITERATURA MEDIEVAL

O VELHO DA HORTA
Gil Vicente

O AUTO DA BARCA DO INFERNO
Gil Vicente

A FARSA DE INÊS PEREIRA
Gil Vicente

TRISTÃO E ISOLDA
Joseph Bédier

SEGUNDO BIMESTRE – MAIO NARRATIVAS FANTÁSTICAS

HISTÓRIAS FANTÁSTICAS

Série “Para gostar de ler”

HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS
Edgar Allan Poe

A VOLTA DO PARAFUSO
Henry James

A METAMORFOSE
Franz Kafka

CONTOS DE AMOR, LOUCURA E MORTE
Horacio Quiroga

A GALINHA DEGOLADA E OUTROS CONTOS
Horacio Quiroga

SEGUNDO BIMESTRE – JUNHO
CLASSICISMO

HAMLET
William Shakespeare

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO
William Shakespeare

O ENGENHOSO FIDALGO DOM QUIXOTE DE LA MANCHA
Miguel
de Cervantes

OS LUSÍADAS
Luís de Camões

SONETOS
Luís de Camões

DECAMERÃO
Giovanni Boccaccio

A DIVINA COMÉDIA
Dante Alighieri


Colégio Tema, 2º Ano - Gabarito pág. 19 a 29

Pessoal, aí vai o gabarito! Bom estudo!!

Exercícios dos conceitos

1. a. O índio caracteriza-se como figura heroica e destemida, que nasceu e se criou nas selvas. Por descender de uma tribo guerreira, deve honrar sua origem. E assim o faz (anda por terras distantes, prova a violência e o cansaço da guerra) até cair prisioneiro dos timbiras, pelos quais será sacrificado em um ritual de antropofagia. Por isso apresenta seu canto de morte.

b. São várias as passagens possíveis, mas as seguintes deixam mais evidentes a honra do índio de sua tribo: "Sou bravo, sou forte, / Sou filho do Norte", "Da guerra provei", "Lidei cruas guerras" (que descrevem a força e a bravura do índio prisioneiro) e "Da tribo pujante" (que revela sua descendência de uma tribo guerreira).

2. A caracterização do heroísmo indígena é essencial para a geraçao que procura afirmar a identidade cultural de uma nação recém-constituída. A coragem do índio, construído como herói nacional, simbolizaria a bravura do povo brasileiro.

3. a. O jovem guerreiro fala de seu pai, já velho e cego, que espera a volta do filho e ficará preocupado com sua demora.

b. O jovem guerreiro teme pela vida do pai, que ficará desamparado depois da morte.

4. a. Ele pede que o libertem. Em troca da clemência por sua vida, oferece-se como escravo dos timbiras; afirma que voltará à tribo inimiga e servirá a seus captores.

b. O prisioneiro, ao pedir que lhe poupem a vida para que possa cuidar do pai, chora e afirma não se envergonhar de suas lágrimas, pois, ainda assim, sabe morrer com honra.

5. Não. O fato de o jovem guerreiro pedir clemência, ainda que em nome dos cuidados com o pai velho e cego, e chorar diante de seus inimigos no momento da morte será visto como demonstração de covardia. Em razão disso, aos olhos dos timbiras, ele não é um guerreiro digno de ser sacrificado.

RETOMADA DOS CONCEITOS

1. C.

2.
Poesia de linguagem lírico-amorosa e temática indianista, o texto enqusadra-se na primeira geração brasileira de poetas do Romantismo. Em relação aos recursos estilísticos, nota-se que o vocabulário utilizado e as frequentes expressões exclamativas aproximam o sentimentalismo das características idealizadas da natureza.

3. C.

4. A.

5. E.

6. C.

7. 1. C.; 2. C.; 3. E.; 4. C.

8. 1. E.; 2. E.; 3. C.; 4. E.

9. B.

10. E.

11.
Todas as obras citadas - "I-Juca Pirama", "Os Timbiras" e "Canção do Tamoio" - tratam do tema do Indianismo, típico do Romantismo brasileiro. Essa temática consistia na idealização do indígena, do homem nativo, do mesmo modo que na Europa cultivou-se a figura do cavaleiro medieval.

12. a. As virtudes básicas do guerreiro são: a força, a bravura, a coragem, a disposição para a luta que o guerreiro deve manifestar (exemplificadas nos versos: "A vida é combate, / Que os fracos abate, /Que os fortes, os bravos, / Só pode exaltar"). Além disso, o guerreiro deve ser também habilidoso, ter precisão no momento do ataque ("No arco que entesa / Tem certa uma presa, / Quer seja tapuia, / Condor ou tapir") e possuir grande sabedoria para que todos o ouçam ("Curvadas as frontes, / Escutam-lhe a voz!").

b. Segundo Rui Barbosa, os formandos precisam abraçar e acolher "três fés, esses três amores, esses três signos santos" que são "Deus, pátria e trabalho". Em outros termos, a religião, o patriotismo e o profissionalismo.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Colégio Tema, 2º ano - Gabaritos

Pessoal, aí vai o gabarito! Confiram!

Questões p. 4 a 6.

1.
Exuberante, grandiosa, majestosa, abundante. Como justificativa, você poderá citar o tamanho gigantesco das árvores; a luminosidade da cena retratada pelos raios de luz que "banham"a vegetação; o rio caudaloso; os animais selvagens... Tudo isso compõe um quadro paradisíaco, de natureza intocada pela mão humana.

2. Para o conde de Clarac, essa relação é de perfeita integração. Os índios são vistos como parte da natureza retratada. Não aparecem como elementos estranhos, que vão destruí-la ou transformá-la. Eles representam os seres humanos puros, em estado original.

3. A fala do eu lírico é a de alguém que está exilado e, portanto, vivendo fora de sua terra natal.

4. O texto apresenta uma imagem idealizada do Brasil, caracterizado como terra paradisíaca, de qualidades incomparáveis e insuperáveis.

5. Tanto a pintura quanto o poema criam uma representação idealizada da natureza brasileira. No quadro, isso se manifesta na grandiosidade das árvores e do rio. No texto, as comparações entre os elementos nacionais e os de outros países levam à constatação de que tudo o que é brasileiro é mais viçoso, mais belo, mais perfeito. Na base dessas comparações também está a natureza pátria.

Colégio Tema, 1º ano - Gabaritos

Pessoal, aí vão os gabaritos! Confiram!!!

Retomada dos conceitos (p. 16 a 23)

1.
O eu lírico determina que não seja dada nem"fama nem memória", através da cítara ou do "vivo engenho", ou seja, da poesia mais alta e sublime, aos que se lançam aos mares. Com essas palavras, o Velho do Restelo sugere que a arte teria, portanto, o poder de eternizar o grande feito dos heróis.

2. b.

3. José Lins do Rêgo, ao referir-se às lembranças que guarda de sua mãe, afirma a possibilidade de se preservarem na memória vivências afetivas passadas. Mário de Andrade, por sua vez, afirma a precariedade das lembranças e a impossibilidade de revivê-las integralmente.

4. José de Alencar destaca de maneira idealizada as belezas naturais da cidade e as diferenças socioeconômicas entre seus habitantes, utilizando-se de uma linguagem marcada por um excessivo descritivismo, com predomínio de períodos longos e amplo uso da adjetivação. Paulo Lins, por sua vez, descreve de forma realista a cena urbana e seus conflitos socioculturais, valendo-se de uma linguagem seca e econômica, com períodos mais curtos e pouco uso de adjetivos valorativos.

5. a. O dois textos abordam a questão social do extermínio indiscriminado dos índios pelos brancos e do processo de aculturação dos indígenas - ou, em outras palavras, a falta de uma política de inclusão social do índio no processo de civilização das terras virgens durante a colonização.

b. Péthion de Villar descreve a morte de um índio em particular, tratando de forma individualizada o processo de aculturação e extermínio dos índios de que fala a carta de Vieira. Em seu texto, o poeta antecipa dramaticamente a destruição de um povo inteiro por meio da morte da personagem indígena. Já Vieira trata a questão como tema cultural, discorrendo sobre as condições gerais do povo oprimido.

6.a. A expressão "gentios do sertão" faz referência aos que ainda não foram catequizados e convertidos ao cristianismo. O substantivo "gentio" é empregado, muitas vezes, como sinônimo de pagão, enquanto a expressão "do sertão" designa quem vive distante das "povoações" a que se refere Vieira. Assi, a expressão "gentios do sertão" indica todos os não-adeptos do cristianismo e que se mantêm distantes dos locais sob influência da Igreja.

b. A palavra crucificado" é empregada para indicar o momento em que o pajé morre. Esse adjetivo, carregado de significado cristão (uma vez que a cruz é o principal símbolo religioso da Igreja), reforça a hipótese de que o pajé passou por um processo forçado de catequização, que fez com que sua cultura fosse "profanada". Tal situação justifica a conclusão final do pajé ("Tupã mentiu"), pois nem mesmo o deus dos índios impediu que o pajé fosse "crucificado na sua dor".

7. a. Vieira descreve, na carta, o resultado da ação dos colonizadores sobre os índios: o fato de estarem submetidos ao trabalho desumano nas plantações de tabaco, na condição de escravos, tornava infrutífero o esforço missionário de conversão dos gentios à fé católica. Na frase destacada, Vieira enfatiza o caráter aniquilador da ação dos colonizadores - tanto dos governantes, responsáveis pelos maus-tratos, quanto dos que permitiam tal procedimento -, uma vez que ambos não prejudicavam somente os índios e o trabalho missionário, mas
também a eles próprios.

b. Péthion de Villar baseia seu soneto na realidade do quase-extermínio físico e cultural dos índios no Brasil, resultante da ação dos colonizadores. Como o poeta cria seu texto a partir de um fato histórico, essa realidade não é deturpada. Mas, como se trata de uma obra literária, há, evidentemente, uma transfiguração ficcional da realidade.

8. a. AQUELA: poesia; ESTA: história.

b. A poesia, por meio de uma pessoa ou de um fato, fala dos humanos em geral e de situações universais; a história fala de pessoas singulares e situações particulares.

c. A filosofia dirige-se ao universal - é um conhecimento teórico da natureza humana. Por seu caráter universal é que a filosofia se aproxima mais da poesia do que da história.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Leituras 9º Ano

Pessoal, aqui sugiro os livros que vocês poderão escolher para os dois próximos trimestres. Vocês têm uma semana para decidir. Portanto, pensem, consultem sites, visitem bibliotecas, conversem com seus colegas, pois o que for decidido é o que vamos ler, correto?

É só clicar no nome do livro que ele direciona vocês para uma página sobre ele.
Bjocas a todos.

2º Trimestre - Literatura de testemunho: O Holocausto

1) O Diário de Anne Frank - Anne Frank
2) É Isto um Homem? - Primo Levi
3) O Pianista - Wladyslaw Szpielman
4) O Menino do Pijama Listrado - John Boyne










3º Trimestre - A Ditadura Militar no Brasil

1) O Que é Isso, Companheiro? - Fernando Gabeira
2) Bar Don Juan - Antonio Callado
3) As Meninas - Lígia Fagundes Telles
4) Cartas da Prisão - Frei Betto
5) Dossiê Herzog: Prisão, Tortura e Morte no Brasil - Fernando Pacheco Jordão
6) Vozes do Golpe: Um Voluntário da Pátria - Carlos Heitor Cony, Moacyr Scliar, Zuenir Ventura, Luís Fernando Veríssimo.

Leituras 8º Ano

Pessoal, aqui sugiro os livros que vocês poderão escolher para os dois próximos trimestres. Vocês têm uma semana para decidir. Portanto, pensem, consultem sites, visitem bibliotecas, conversem com seus colegas, pois o que for decidido é o que vamos ler, correto?

É só clicar no nome do livro que ele direciona vocês para uma página sobre ele.
Bjocas a todos.

2º Trimestre - Literatura e História: O Iluminismo

1) Cândido ou O Otimismo - Voltaire
2) As Aventuras de Robinson Crusoé - Daniel Defoe
3) O Senhor das Moscas - William Golding

3º Trimestre - Histórias do século XIX:

1) Várias Histórias - Machado de Assis
2) Bons Dias! - Machado de Assis
3) Contos - Machado de Assis
4) O Xangô de Baker Street - Jô Soares
5) Frankenstein - Mary Shelley
6) A Volta ao Mundo em 80 Dias - Júlio Verne
7) O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson
8) Viagem ao Centro da Terra - Júlio Verne

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mono Carvoeiros

Galerinha, pra quem se interessou pelos macaquinhos falantes, aqui posto a reportagem completa sobre a pesquisa. Deem uma olhadinha!

Bjocas!

Ciência
Macacos quase falantes
Típicos da Mata Atlântica, os muriquis têm uma forma de comunicação singular
© Miguel Boyayan
Representante de uma sociedade regida pela amizade: sem brigas

Louise é uma das muriquis mais agitadas na pequena reserva próxima à cidade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, região leste de Minas Gerais. Rosto rosado, nariz pequeno e cílios destacados, como se tivesse recebido maquiagem, é a que mantém mais encontros amorosos com todos os macacos adultos do grupo. Cutlip, reconhecido pela cicatriz no lábio que lhe valeu o nome, até morrer, no ano passado, era um dos pólos de atenção do bando, freqüentemente procurado pelos companheiros para ganhar abraços, em constantes demonstrações de amizade.

Alguns anos atrás, a peculiar organização social dos muriquis (Brachyteles arachnoides ) surpreendeu os próprios pesquisadores. Encontrados há décadas do sul da Bahia ao Paraná, mas hoje ilhados em remanescentes de Mata Atlântica de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, esses macacos com até 1,5 metro de comprimento, incluindo a cauda - também chamados de mono-carvoeiros por causa do rosto todo preto, semelhante ao das pessoas que trabalham com carvão -, formam comunidades que funcionam com base na fraternidade e no amor livre.

Não apenas Louise, mas qualquer outra fêmea do grupo, até mesmo Cher, mais discreta e isolada, cruzam com todos os machos adultos com que vivem - normalmente, um terço dos grupos, que têm de 15 a 50 indivíduos. Quando entram no cio, soltam trinados, algo como umtitititi , ou ainda guinchos e assobios agudos, umsííííí , com os quais chamam os machos, que ficam por perto esperando a vez. Não há brigas nem disputas. Os muriquis, os maiores macacos das Américas, conseguiram criar uma hierarquia regida pelo afeto. No centro do grupo não estão os mais fortes, mas os mais queridos, que se destacam porque são os que mais ganham abraços dos companheiros, como Cutlip ou Irv, reconhecido pelas manchas em forma de cruz no nariz.

Agora, as descobertas sobre a linguagem dos muriquis são ainda mais impressionantes. Quando se locomovem pela mata, escondendo-se entre as folhagens das árvores à medida que se afastam uns dos outros, esses macacos se comunicam de um modo que ainda não foi encontrado em nenhuma outra espécie de primata. Recombinam 14 elementos sonoros, que se aproximam devogais ou consoantes da linguagem humana, e produzem uma ricavariedade de chamados - mais longos ou mais curtos, mais agudos ou graves -, num processo semelhante ao que usamos para formar as palavras. Tamanha é a reorganização dos sons que se tem a impressão de que os muriquis até procuram ser inventivos: quando engatam uma conversa, um raramente repete o que outro já disse.

Eleonora Cavalcante Albano, pesquisadora do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), assegura: esses sons dos muriquis, descritos pela primeira vez, formam uma linguagem natural com um sentido social claro, por ajudar a manter a coesão do grupo. Só perde para a nossa porque, possivelmente, não é simbólica. "É uma linguagem que indica os objetos do mundo, mas ainda não se sabe se os representa", diz ela. Numa situação hipotética, um muriqui consegue avisar a outro muriqui que uma árvore está carregada de frutas apenas se estiver diante de uma delas, mas não tem como contar da árvore em que estivera no dia anterior, nem emitir um som específico para cada tipo de árvore que conhece.

No vocabulário e nas recombinações de sons, porém, os muriquis são imbatíveis diante de outras espécies de primatas brasileiros, entre elas o macaco-prego, o sagüi-leãozinho e os micos-leões, que contam com uma comunicação vocal reconhecidamente complexa. A capacidade dos muriquis em recombinar sons é também maior que a de outras duas espécies conhecidas pela barulheira que fazem, o chimpanzé africano e o gibão das florestas da Indonésia e da Malásia.